Inteiro para amar
A dor da solidão não deve mover nosso coração em direção à alguém. Seria apenas uma insatisfação sendo suprida, muitas vezes de forma egoísta e, por fim, podendo machucar alguém ou a si mesmo.
Não devemos ser metade à juntar com outra, mas um ser inteiro e feliz, e compartilhar essa felicidade com outro também inteiro e feliz. "Seres-partes" que buscam felicidade no outro criam expectativas jamais supríveis.
Mas a beleza de quem compartilha a felicidade já existente acaba por aumentá-la, imensamente. Descobre que amor é um estado constante o qual não é afetado pela genuína tristeza e nem pelo sofrimento, mas liberta de forma que o perdão age de forma plena e simples.
Um ser inteiro ama mais porque não cobra amor, ele o dá, e se a outra parte é igualmente inteira, faz o mesmo. E nessa comunhão e compromisso, o amor cresce, vive melhor e é muito mais maduro e pleno.
Devíamos nos ocupar de buscarmos ser mais inteiros e depois escolhermos pessoas mais inteiras, sem excessos de sentimentalismo ainda que seja com muita sensibilidade.
O problema do ser humano não é sinceridade. Ele é muito sincero, até. O problema está na falta de sensibilidade, o que faz perder muito. Empatia e consciência de coletividade, amor ao próximo, noção de justiça aquém da integridade, são coisas enfraquecidas nos nossos dias.
Pessoas inteiras, por não se ocuparem tanto com a satisfação de suas necessidades fúteis ou simplesmente com a própria satisfação, se ocupam melhor em conhecer e amar o outro, em como ajudar o outro à crescer junto.
Essas são apenas algumas bases de um ser inteiro. Amores inteiros amam melhor, se machucam menos, amam mais e são mais livres e libertadores.