Eu posso até viver sem você

Eu posso até viver sem você, mas entendo ser impossível viver sem eu mesmo, e muito difícil viver sem os outros. O problema é que muitas vezes somos insensíveis a estes outros, como se somente eu, você, e os nossos fossem importantes. Os outros, muitas vezes, por uma fragilidade de caráter nosso, só nos importam enquanto mão de obra, consumidores, prestadores de serviços que de alguma forma nos interessem, ou quando são, ou passam a representar, algum tipo de risco para nós mesmos, nossos bens, nossos interesses, ou nosso grupo mais chegado, fora isso, os outros, incluídos ou excluídos socialmente, tendem a não nos interessar. Uma boa parte daqueles outros passa transparente aos nossos olhos, e invisíveis a nossa percepção do viver, mesmo que algumas vezes estejam eles fisicamente próximos a nós.

Eu posso até viver sem você, mas não gostaria, pois que você mais do que ser um dos nossos, ou ser um dos outros, você é um dos todos, é um como eu, é um como um qualquer dos nossos, mais ainda é um irmão em espécie, é um ser humano, é um que compõe a diversidade de entes que provê vida, criatividade, e força a uma sociedade. Eu, você, os nossos, ou qualquer um dos outros, compomos a mesma diversidade de seres que devem, com respeito, responsabilidade, comprometimento, e sensibilidade, tratar e ser tratado, por todos os demais, como um ente social, único e importante.



Um ser é parte do todos os seres, e todos os seres somente é possível, por que contem aquele um ser.
 
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 14/04/2015
Reeditado em 14/04/2015
Código do texto: T5206660
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