A MAIS ABSOLUTA LIBERDADE

    REPUBLICAÇÃO -TEXTO DE 25 DE FEVEREIRO DE 2011


 
       Há os que se refugiam nas lembranças da infância. Há os que se refugiam em esperanças para o futuro. Há, por fim, aqueles sábios que se ancoram firmes no presente, a única eternidade.
        Neste momento, não há braços alguns para os quais eu possa correr e onde me consiga por ao abrigo de mim. Não há nenhuns: humanos simplesmente humanos, sem nenhuma censura, sem nenhum conselho, braços entre os quais eu não precise, antes de abrigar-me, pedir qualquer perdão. Nenhuns braços que não seja eu, como sempre, aquela a ter braços que os consiga socorrer.
        Isto é, efetivamente, estar diante da liberdade mais funda, a mais absoluta, a liberdade sem senão.