25 ANOS PERDIDOS...




 
        25 anos perdidos, inúteis, só para a confirmação do mesmo cotidiano há muito fruto terrível, dantesco.  Com que forças salvar o que me resta de vida, se este é "apenas" um dos frutos terríveis que me têm cabido colher, sem apelações, no dia a dia dos dias? Com que forças, Senhor Deus dos Aflitos? Seja como for, preciso encontrar alguma, na minha morada interior. Como me dói o que fizeste da tua morada interior, homem de outro espaço... Como me dói!
        Ainda assim, devo afirmar que tenho contigo uma, ou melhor, duas fundas lealdades, ainda. Tu sabes bem quais. Depois... Sei neste agora coisa alguma do meu depois... Sei coisa alguma do meu depois... além da certeza de ser preciso continuar a sobreviver... por enquanto por ela, só e tão somente por ela...