Fazer o que?
Fazer o que se a minha inquietude incomoda,
Se a minha ânsia de viver se exaspera,
Se a minha pressa se perpetua?
Sentir o que se a imposição demanda distância,
Se o tempo que acontece em duas luas não acomente duas mentes?
De que me serve o tempo, se o que passou não tornará e o futuro é incerto?
Sentir o indesejado é sentimento de quem sente só,
É dor de quem vive só. E sabe.
É saber de um querer que não virá.
É sentença imutável.
É não concordar, mas resignar-se, aceitar e seguir.
Afinal, a vida é um eterno caminhar.
São Paulo, 04 de abril de 2015.