Amor a preguiça
Acordo e mal desperto já está estou a reclamar. Reclamo de tudo e todos, e em primeiro reclamo da hora de acordar.
Eu começo me espreguiçando e tentando me proteger do frio que ainda me assola até os ossos.
Poucos sabem adquirir essa experiência afinal, pela manhã, nem todos sabem as "manhas" de levantar caído da cama. Antes, claro, de tudo reclamar.
Droga, por que o banheiro é tão longe- Penso todos os dias seja lá que hora for. Droga porque minha mãe me chamou agora? Não me podia esquecer só hoje?
Droga queria que faltasse energia. Droga queria que chovesse até tudo inundar. Droga queria que tivesse uma guerra, droga, queria que o professor, o chefe, o amigo que vou ver, a tia que chega sedo pra ver os Sobrinhos. Droga, de amigos que vem para fazer o trabalho em grupo. Droga, Droga, Droga Mil vezes, um milhão de vezes, um bilhão de vezes droga.
Mas ainda é sedo... Nem da cama decidi levantar. Triste.
Pego no trabalho ás oito, mas quase nove vai dar.
Que chato, mais uma reclamação do chefe...
O telefone toca, e ele(o chefe) me avisa pra não ir. Demitido? Quem sabe? Férias talvez, rio só.
Eu tento levantar, mas é tarde.
Tarde de mais. Respiro fundo. Balanço a
Cabeça. Deito de novamente. Eu fracassei de novo. A culpa é da cama. Maldita, feiticeira. Corrupta, és pior que o cão.
O mundo é assim, ou eu é que sou?
Que se dane tudo.
Eu fico em silêncio... E o tempo passa. O sono passa, a fome passa as contas-essas passam com gosto. Folhas passam pela e janela o reflexo das nuvens passa por todo meu corpo. Droga, ei, ei vocês... Levem-me junto... Levantem-me daqui... Sem eu perceber, o porquê amo essa cama, mesmo ela tendo me arrancado tudo que amo. Mesmo ela tendo cumprido seu dever de não me jogar ao chão. Cama cumpre teu proposito de amor para comigo: Abraça-me e não solta mais.