Ela por fim saíra do absolutismo de seus pensamentos...
Ela por fim saíra do absolutismo de seus pensamentos ambíguos, tinha em sua origem conhecida a cicatriz de ter sido gerada pelos movimentos do caos...Na infância lhe serviram pratos generosos de antagônicos sentimentos não silenciosos... Usavam a mesma roupa...Uma única roupa...A roupa do grito...
Na adolescência por fim encontrou um lugar para se esconder sem ser o roupeiro de seu quarto... Um lugar mais espaçoso...Sua própria mente...A primeira chave que ganhou...Ou que se deu...Só aguçou a vontade de entrar mais para dentro de si, e ganhou a segunda chave, a terceira e a quarta... Enfim, mais nem chave usava....Mas ai a vontade de sair de si mesma lhe conferiu uma certeza que as mesmas chaves que abriam por fora não eram as mesmas que abriam por dentro. E os gritos viraram silêncio e o silêncio virou um grito...E deitada dentro de seu próprio corpo...Ele veio e lhe estendeu a mão... Que doce sorriso tinha o amor, lhe vestiu de uma nudez completa e sem falar nada se alimentou do que lhe era servido... Mas chamar do que pensava ela... Pois não conseguia saber o que lhe era melhor... Melhor...? Arrancou o segundeiro arrancou o ponteiro dos minutos arrancou o ponteiro da hora e por fim perdeu o limite do tempo. Começou a olhar para cima e viu Deus... Olhou para baixo e viu Lúcifer... E novamente voltou a se esconder dentro de si mesma...Só que no roupeiro que levara... Por fim ganhou...Ganhou...? Ou pegou...?