Páginas
... O importante é não contar às páginas que são lidas como se isso fosse uma vitória, por não haver vitória naquilo que não se termina, pois o mundo só finda com a morte e, com ela se esvai sua leitura, restando-lhes apenas, o que desconhecemos, ou possa ser que conheças caso já tenhas partido.
Sentir aquilo que se é vivido, de certa forma lido, seja com letras ou gestos, incertezas ou simples poemas descritos, passam a fazer parte de vós, por não julgar, preceituar ou continuar aquilo que não faz parte do que me pertence.
Mas, o que me pertence?
Meus sentimentos, aos quais são formados por momentos que só eu vivo e de certa forma as vezes os descrevo, não exatamente como é vivido, talvez distorcidos em letras, tais quais só eu saberei interpretar da forma ao qual devera, no entanto, não destrói alguns sentidos constituídos por outros.
Contudo, defini-se o meu espaço, ao qual controlo as estrelas, os planetas e até mesmo, satélites quais não fazem parte da minha natureza, mas de alguma forma, alocaram-se ao meu caminho.
Às páginas aos quais tanto vivo, acabam tornando-se dias, talvez por isso eu não as conte, ou simplesmente espero contarem, apenas as vivo, sabendo que o fim do meu livro não depende de vós, mas o seu início e meio, dependem, visto quê, os descrevo, transcrevo, distorço, em suma, me crio.