CAMINHANTES
Pelas ruas desentendias da procissão evolutiva prossegue nas nuvens dos prazeres de progresso irresistíveis. Parece meio escuro por aí, ruas cheias de indecisões alheias, muitos estão com a visão embaçada ou com cabeças sem informações concretas de alianças certas para prosseguimento da espécie. O que se vê é que é o certo, tudo floresce em seu determinado tempo, amamentam enquanto podem, livrem-se de males que mais parecem bem, aliem-se com aquilo que te mantém vivo. Alguns ali andam ainda sem entenderem, mudam por precisões indesejáveis, são voláteis, redondos e de corações insondáveis, outros voltam a sorrir quando andam mais e percebem que várias das cenas vistas ainda continuam sem respostas por capricho do destino ainda não chegado. Na espreita enxergam futuro não entendido, terra quente irrita seres, leis sem exemplos faz guerras até sem querer, parte da dinâmica nova imposta, fez muitos andarem sem rumo, pensam em criarem sociedades do eu sozinho. Apaixonados já não pensam nos outros, pelas beiradas andam escorados, lá no fundo uma claridade, ainda há tempo de tentar chegar lá, luz resgata caráter e amor, esclarece dúvidas, revoltas não perdoadas, traz de voltas emoções de arrepiar, aos que possuem poder de continuidade, decisões de bem comum tomadas, faz caminhantes enxergarem teu próprio erro, maneira boa de se salvarem.