QUEM SOU EU PARA JULGAR ALGUÉM...


                           Sou Ninguém.


 
     Cada ser carrega dentro de si um mundo interior acessível a ninguém, às vezes nem ao próprio ser que o carrega em si.
     Alguns dos meus mais íntimos (?????) seres, no chamado mundo imediato real, têm sido brutalmente implacáveis comigo.
     Prefiro, por Princípio e em princípio e não porque eu seja uma tola, sempre dar bom crédito a mulheres e homens, todos companheiros meus de jornada neste mundo, com seus amores, com suas vaidades... Como eu... Como eu...
     O chamado amor-próprio, no seu sentido usual pode, em certas circunstâncias, nos obliterar a visão justa e correta. Não quero isso em mim, como modo de ser: não mesmo. Acho importante avançar sempre um pouco além das aparências, inclusive das notórias, aparentemente insofismáveis.
     Só almejo das pessoas o quinhão de afeto que me caiba por direito natural. Sempre tenho sido assim, não vejo razão para mudar agora. O sentido de posse, o sentido de exclusivismo (nem eu mesma sou de mim mesma...)  é, a meu ver, um dos  Grandes Enganos neste mundo. As coisas em que creio me dizem para não me deter ... para ir, no que consiga, o possível para além disso.