15 DE MARÇO DE 2015: DIA DO CINISMO

Dia 15 de março de 2015 ficará conhecido como o dia do cinismo do povo brasileiro. A mesma classe ascendente que votava e idolatrava Lula e o PT na época das vacas gordas, e até mesmo a Dilma em 2010 com os IPI's reduzidos (uma forma de frear a chegada da atual crise em um certo bloco de países) hoje, essas mesmas pessoas que não sabem passar por uma crise econômica vão às ruas. O pior é ver a nova classe média - é nova porque o atual governo possibilitou - repetir os mesmos erros da classe média do passado, que tanto se criticava. Talvez ser presidente - a única que sofreu a ditadura literalmente na pele, que não fugiu para outro país, que viveu todo o processo da redemocratização na rua, aí sim, reivindicando com razão -, novamente, ser presidente talvez em certas situações é suicidar sua própria moral para o bem de uma nação. Os mesmos erros, em certo grau se repetem, explicado por uma uma relação dialética e influenciado de forma medonha, antiética, desumana pelas instituições de comunicação que pregam o liberalismo econômico e a política do Estado Mínimo - um capitalismo selvagem. E pensar assim não significa ser socialista, pois nenhuma política de economia que seja radical resolverá os problemas de uma nação. Posso resumir essa dialética de outra forma: todos querem Iphone's para que suas fotos fiquem melhores no Instagram, e caímos novamente na ideia de uma nova classe média que também quer ter o prazer de ser elitista. Engraçado como as pessoas mudam de lado quando o FIES ganha novas regras, tive o desprazer de ver isso, e o PT no passado foi avisado desse monstro que estava sendo criado. Mas, fazer o quê? Para quem não se predispõem a fazer uma análise crítica da conjuntura sempre será embriagado pela cultura, e como diz o ditado, "c*" de bêbado não tem dono. Sim, se o melhor do Brasil é o brasileiro, o pior do Brasil também é o brasileiro. E como umas das melhores coisas que o brasileiro sabe fazer é carnaval, ok, podem ir pular carnaval, nesta atual espécie sublimação da sociedade: é o que é, uma manifestação com blocos, abadás, fantasias, coreografias, e até com músicas próprias.