A PORTA

Quem dera tivesse a chave dessa porta,

Podendo assim penetrar em teu mundo,

Abrir tuas gavetas, entender tua caligrafia,

Pensar como pensas, compreendendo quem és

Quem sabe encontraria a ampulheta,

E deste feito saberia então

Quantos grãos de areia me resta

Para que te conheça nesse nosso tempo

Em vão tento de segurar,

Mas tua ânsia te liberta de mim,

E eu fico sem chão,

Pois não saber sobre ti me parte

E quem dera eu pudesse entender,

Saber por onde ir nesses caminhos tão teus

Às vezes tão silenciosos -

Mas perco-me, nesse olhar que me parte

E em pedaços minha alma chora,

Pelo tão perto que estais,

Mas pela lonjura do encontro,

Talvez seja meu destino, buscar-te, diariamente

Mas no fundo deve ter um sentido

Por isso buscarei a ti enquanto existir

E conforto-me ao compreender

Que amo-te muito além de mim

(Taciana Valença)

TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 21/03/2015
Código do texto: T5178409
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