Reencontro.
Ela me disse:
- Não chore! E mesmo assim as lágrimas triunfaram sobre o desejo.
Eu disse:
- Eu não me esqueci de nós dois. Como se fosse ainda eterno aquele beijo.
- O quanto sofri. Comentei.
Minha vida não foi mais a mesma desde que falaste adeus.
E novamente as lágrimas prosperaram na minha face.
E as dela?
Permaneceram em sigilo.
- E tu? Perguntei.
- De mim nada sei. Respondeu.
- Eu sei que não sorriste. Disse eu.
- Portanto não chore. Completou ela.
- Não choro mais como eu chorei antes. Conclui.
- Que bom! Disse ela.
E tu? Insisti.
- Eu não sorrio mais como sorri contigo. Respondeu.
- É triste! Completei.
- Triste é o abraço que não me destes. Falou ela.
A distância também a feriu.
- E bom é estar contigo novamente. Falei.
E a vida torna ao seu curso natural, vão-se amores, vem-se tristeza, vão-se momentos e resta-nos o perfume. O vento a trouxe, oh, linda canção, o sol reflete outra vez a paz daquele olhar.
- Inocente! Disse eu.
- Meu amor! Ela falou.
- Incerteza! Promessa de Deus.
- Eu te amo, meu eterno amor.
Eu disse.