Senhores e senhoras,
não me peçam 
para eu ter calma,
tampouco paciência!
Tenho fome, 
tenho sede, 
de viver intensamente.
Porque inúmeras vezes,
minhas trôpegas pernas,
não alcançam o poente.
Vivo emparedada 
num grito,
num eco do passado,
como se hoje fosse 
meu último suspiro.
Respiro e vivo
num contemporâneo labirinto.
obtuso de lamentos, 
ansiedades,
tormentos d´alma.
Não tenho paciência,
para esperar o tempo.
Meu amanhã já nasce finito.


Railda
Enviado por Railda em 17/03/2015
Reeditado em 18/01/2016
Código do texto: T5173006
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