Meu segundo minuto ...
Meu segundo minuto...
Seco o segundo copo de Martini e com isso sinto que algo está diferente, já não vejo as coisas da mesma maneira, perdeu-se não sei onde a leveza e o desleixo e começa aflorar em mim o mesmo comportamento autocrítico de quando estou lúcido.
Quem me dera pudesse viver dentro do estoicismo, conjecturas insanas e putrificadas alimentadas por uma mente distorcida pelo efeito do álcool, e que deuses serão esses que me empurram pensamentos e prismas que não preciso e que nunca tive, gracejam e fazem pilhérias e com os seus dedos gigantes fazem cócegas para que eu ria da minha própria desgraça.
As nuvens escuras desenhavam formas estranhas entre os estrondos e as faíscas dos martelos forjando quem sabe lá outro dia, uma rosa, ou até mesmo uma lâmina enquanto isso Zeus e Odin jogavam xadrez sentados no topo do mundo, enquanto uma gargalhada perdida bebia de outra boca o vinho da taça virada pelo deus Dionísio.