TOM CINZA
Por onde andei não sei o tempo,
O lugar,
As folhas secas pisei,
O tom cinza mergulhei,
Longe da luz era assim
Que vi a ausência de
Sentimentos,
Loucos, cegos,
Me vi no meio de madeiras
Onde delas queimavam ovelhas,
Vi o cobre enferrujado
Onde faziam dele o ouro falsificado.
O que eu estava fazendo ali?
Me perguntei...
Por duas vezes visitei este lugar
Sentia a minha luz querendo
Iluminar,
Mas o cego de espirito relutou
E a carne com o tempo sentiu a dor.
Volto cansada, preciso de ar
Estou recuperando minhas forças
E levar onde o meu Senhor
Me dará a próxima caminhada,
Estou ajoelhada
Por tantos passou amor no meio
De tanta dor,
Sai com a paz que me compôs.