Vem, deita aqui no meu colo

Não resisto... preciso escrever o que um dia sonhei viver.

Vem, deita aqui no meu colo. Recosta tua cabeça e deixa que eu sinta a textura dos teus cabelos. Permita-me olhar-te sem pressa, na ventura da admiração mais profunda, além dos olhos do corpo, ao encontro dos olhos da alma.

Vem, e permita que eu toque tuas mãos, tão diferentes das minhas: maiores, mais fortes, com mais melanina... morenas, enfim, serenas. Mãos que me encantam a cada dia, por teus trabalhos, teus feitos, tuas responsabilidades bem cumpridas.

Vem, vem comer pipoca e assistir a um DVD. Comédia é melhor, para rirmos juntos do que passa lá, para rirmos de nós mesmos. Rir é o melhor remédio.

Vem, vem contemplar o pôr-do-sol numa praia comum, com pessoas comuns, em um dia comum, tomando um sorvete qualquer, e só a tua presença fará deste dia, um dia especial no calendário da minha vida.

Vem, vem ouvir música comigo, qualquer uma que cale fundo no coração, que nos suscite reflexão ou simplesmente nos faça dançar.

Foi simples assim... na minha imaginação, na possibilidade de realização, no meu desejo de menina.

Erika Ferraz Ueoka
Enviado por Erika Ferraz Ueoka em 07/06/2007
Reeditado em 14/07/2011
Código do texto: T516973
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