Não, não me obrigue

Eu não quero sua medida em mim

De como faço, se vou ou fico

Minha decisão é soberana

Meu desejo é meu querer

Eu não quero seu reparo em mim

De como falo, se estou ou não

É minha escolha ser assim

Minha amizade é meu prazer

Não me obrigue a ser sincero

Das suas verdades eu sei de cor

Sua fachada, seu disfarce

Minha escolha é não rever

Há quem acredite em mentiras

Num faz de contas irreal

Dias, meses e anos

Numa tapeação forjada de mau

Que defeitos mais desconhecidos

Pode haver ainda a revelar

Quais palavras descreveria

Seu furor contra quem deveria amar

Cruel, desumano e hediondo

Foram palavras em desafeto

Sem mérito, razão e verdade

Sem nenhuma associação com o amor

Sua própria carne, sangue

Heranças, riquezas e bênçãos

Maltratadas gratuitamente

Covardemente e sem pesar

Não, não me obrigue

Pois, meu carinho e respeito

Dispenso aos que merecem

Pra você, nem meu aperto de mão.

Jefferson da Silva
Enviado por Jefferson da Silva em 13/03/2015
Código do texto: T5168124
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