Céu de Poesias.
Na estiagem, percebia escombros pelas esquinas díspares. Cada região desabitada era iluminada de forma intensa. Trovões, relâmpagos reluziram no céu. Montanhas, hospedeiras das gaivotas. Elas transitam levemente por um céu que abre o nevoeiro, dispersa por entre as nuvens.
A brevidade dos raios demonstra a intensidade da sua luminosidade. As estrelas... adornos brilhantes, agrupadas, caracterizam a constelação. Pontos luminosos, principal fonte de inspiração dos poetas, rara beleza. Das belezas, paisagens que contemplamos a luz do satélite natural. Lua que deságua a sua luz por entre os rios e os oceanos. Céu da boca que sente os sabores e os dissabores da atmosfera interior. Esta que pulsa entre as vibrações emanadas pelos filósofos, pelos rimadores, amores e amantes da vida. Seres que se declaram em antigos papéis postos sobre a mesa e na dedicatória de canções que retratam um sentimento. Em cada mão distinta, um verso que destrinchamos numa forma peculiar de interpretar. Nuvens sentem a estiagem em uma métrica divina, antes, condensam-se. Na madrugada, as nuvens se dispersam e as folhas abraçam os pássaros, que logo mais irão passear pelo céu. Este com a sua luz natural, reluz nas esquinas vazias junto com a claridade dos postes, os quais refletem os desenhos que permeiam a cidade e todas as artes dos escritos por meio das grandes ideias. As declarações condensam-se carregadas de inspirações, distribuindo na essência de cada um na atmosfera carregada de nuvens de afeto. Os olhares apaixonados pelas esquinas díspares desaguam em direção ao céu e os enamorados nesta sintonia enxergam mais facilmente um céu de poesias.