SOMOS PRODUTO DE CONSUMO NO MERCADO

     No capitalismo, que sub-repticiamente virou globalização, aos olhos do produtor somos simples artigos que ele, inteligente e precavidamente, desqualifica.  Prefere supervalorizar a máquina: fria, dirigível, manipulável...  Se valorizar-nos como um ser que pensa, modifica, reivindica..., acha que, nalgum momento, vamos lhe trazer prejuízo ou, quem sabe, ultrapassá-lo.  Somos, por isso, sob sua mira calculista, considerados a matéria-prima que mais pesa nos seus custos, embora levemente essencial.  Tudo fará para que a máquina - mais dia, menos dia - nos transforme em insumo descartável.