Devaneios...

Já é madrugada, e mais uma vez a solidão invade meu peito como quem procura um lar para se instalar; e aqui, em meu peito flamejante ela encontra abrigo, para deitar, rolar, se esbaldar enquanto sofro com anseios e murmúrios.

Penso e repenso, porque há de ser tão cruel esta tal de solidão, o que ela quer de mim, me corroer talvez? Me corroer de tal forma fazendo-me lembrar de que aqui onde ela está habitando, havia outro corpo celeste, outra alma alegre e divina que não a deixava entrar, que se fazia presente e que jamais a deixaria entrar.

Mas de repente, com um deslize repentino, traiçoeiramente esta alma se vai, fazendo com que a tal de solidão adentre e permaneça, deixando-me confusa e desacreditada. "O que farás agora?" É a incógnita que grita em mente constantemente, "Eu não sei." lhe tenho como resposta.

Basta-me apenas o aguardo, de que bons ventos irão soprar e o que há de ser será.

Que voltes se o apreço que lhe dei, foi o bastante para dizer que se sentiu reconhecido e acolhido, que voltes se o teu orgulho não for maior que o teu amor por esta alma perdida e confusa, que estará ao seu aguardo sempre que quiser voltar.

Duda Souza
Enviado por Duda Souza em 10/03/2015
Reeditado em 10/03/2015
Código do texto: T5165492
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