* CARTA À COLOMBINA ¹

E para você que tem mundos pulsando, habitando em seu âmago, infinitude de essências, que precisa ser apreciado em detalhes, em minuciosa atenção, digo-vos:

Não há intensidade mágica em meus olhos, muito menos posso ler em tuas entrelinhas, do que é permitido, do que expresso em seus gestos e atitudes. Fazer sentir, com profundidade, intensidade e grandeza, de emoções sinceras e puras, em alguns momentos profanas e humanas, porque sentir é o que torna a vida mais plena, mais intensa. E dúvidas, quanto a digna beleza em si?

Reparastes no brilho de seus olhos? Na beleza terna de seu sorriso? Na intensidade rara e única do seu sentir? Reparastes que quando sorrir, alguém sorrir junto de seu sorriso apenas porque seu sentir é único e sincero? Reparastes, que a beleza que procura, além do corpo, a alma possui? O coração ostenta, quando sua inocência e pureza desdobra em felicidade única? Porque não olhar para ti, com encanto e fascínio, quando seu sentir faz bem, quando sua companhia, mais do que desejada é apreciada? Porque não olhar para ti, com carinho e afeto, quando sua alma clama, algum afeto, algum carinho, mesmo que seja intensa ao ponto de temer estar próxima, ou permitir ser tocada?

Reparastes que não é apenas a beleza que deveria ser apreciada, quando a intensidade merece ser cortejada?

E o que vejo, não é apenas a mulher, de traços delicados e personalidade forte, de intensidade que poderia amedrontar ou intimidar aqueles que temem a veracidade do sentir. E o que vejo, mais do que mil defeitos, imperfeições, sinto a virtude, a perfeição, o sonho de ser encontrada, de ser sentida. O sonho do encontro com sua verdadeira natureza, sem que precise ser julgada, mal interpretada.

E o que vejo, mais do que mulher, vejo encanto, fascinio, mistério e segredos, vejo intensidade, profundidade, vejo mulher, menina, vejo uma alma e coração que busca por respostas, que encerra em si, magia, a magia de possuir mil mulheres, encarnada em uma. De ter fases e faces como a lua, e não ser igual a nenhuma, sempre em profunda e sistemática transformação. O que vejo, é uma alma colombina, cigana, uma alma profunda e intensa, onde são guardados segredos e mistérios.

Para ti, nada ofereço além do que merece, do que deveria sentir, do que merece ser apreciado em você, em seus olhos e sorrisos. Assim, não vejo nada, sinto nada que não seja permitido quando suas fases e faces são reveladas na noite escura.

* Joker

DAMIEN DARKHOLME
Enviado por DAMIEN DARKHOLME em 08/03/2015
Reeditado em 29/05/2017
Código do texto: T5162590
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