Minhas verdades
Sinto que perdi alguns sonhos, ou me perdi pelo caminho. Nada é o mesmo, tudo mudou. Adaptar-se à mudanças requer tempo e, talvez, essa seja a parte difícil. Superar traumas, encarar medos… Uma lágrima surge, várias outras em seguida, a dor não deixa brecha alguma para o descanso. É claro que faz tempo, mas a ferida ainda existe e não para de doer. Criei abismos, ao invés de pontes. Tranquei portas, fechei janelas. Nada se aproxima. Dispenso pedidos de desculpas ou justificativas ridículas para mentiras. Sou de verdade. Meus sentimentos não são uma farsa. Sinto tanta fé, mas o medo me paralisou. Ouvi um grande homem dizer que o medo é a única coisa capaz de paralisar a fé. E no final de tudo, talvez, eu seja isso, um pássaro com as asas quebradas, preso em um gaiola.