Pela Terra
Pela terra inteira sopra o vento do abandono:
escuta como geme ele nos campos !
Em toda parte somos um, jamais dois !
Por toda parte há um grito numa prisão e a mão
por trás das portas bloqueadas;
Em toda a parte somos enterrados vivos !
Nossas mães choram e nossos amantes se calam;
Porque ninguém pode ajudar um ao outro: estamos todos sós !
Chamama-nos de silêncio a silêncio, abraçamo-nos
de solidão a solidão, amamo-nos
e sofremos mil dores longe de sua alma,
Porque toda amizade humana é como um açafate
de flores, que murcha a cada canto,
e toda consolação é como uma voz de fora.
Mas tu és como uma voz no meio da alma.
Gertrude Von Le Fort
(Gertrude exprime este desamparo do homem moderno e esta presença, em nós, que nos consola e nos sustenta, se acatamos)
Pela terra inteira sopra o vento do abandono:
escuta como geme ele nos campos !
Em toda parte somos um, jamais dois !
Por toda parte há um grito numa prisão e a mão
por trás das portas bloqueadas;
Em toda a parte somos enterrados vivos !
Nossas mães choram e nossos amantes se calam;
Porque ninguém pode ajudar um ao outro: estamos todos sós !
Chamama-nos de silêncio a silêncio, abraçamo-nos
de solidão a solidão, amamo-nos
e sofremos mil dores longe de sua alma,
Porque toda amizade humana é como um açafate
de flores, que murcha a cada canto,
e toda consolação é como uma voz de fora.
Mas tu és como uma voz no meio da alma.
Gertrude Von Le Fort
(Gertrude exprime este desamparo do homem moderno e esta presença, em nós, que nos consola e nos sustenta, se acatamos)