Dia-não-a-dia
Tem dia que a gente amanhece assim: meio morta. Só quer pensar, só quer desaparecer. Só quer se organizar. Parece tudo tão desordenado que até o ritmo do coração bate diferente, uma veia meio torta e a respiração igual o coração. Sem ritmo. Fora do ritmo. Sai e entra ar só quando ta quase morrendo. Bate e pulsa só quando ta quase parando. Sabe? Quero ajeitar essa veia torta, quero fazer fila indiana com meus neurônios. Mas é impossível! E o que eu faço agora? Só quero que a fumaça me leve.