Efêmero

O fim no começo do início do efêmero

No clímax da gravidade

Meu pulso esquerdo foi arrebentado

Meu verbo rasgado

Não existe mais ego

Existe o tédio do nada

E o latido daquele cão que olha o mar e vai sem medo

Pra onde?

Nem ele sabe, só senti e vai

Patas que tocam a sola do mar

Ate que o vento faz correr o horizonte

E ao longe ele vive

Atração Perpétua do instante efêmero

O ser é no vento.

Brígida Oliveira
Enviado por Brígida Oliveira em 02/03/2015
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