sobre o povo de um certo lugar
Meu olhar é de uma mulher apaixonada pelas "entre linhas" da nossa gente de arte da terra, por tudo o que são, fazem e representam sem que a maioria das pessoas, condicionadas ao seu cotidiano, percebam serem pertencentes e fruto do caipirismo e maneirismo de cidade, fato que reside e tece a importancia de salvaguardar esse simbólico que é muito além de apresentações, mas a alma do povo desse lugar, de meu lugar.
Trago comigo um compromisso assumido com meus pares, os que estão, os que se foram e os que certamente virão e que são fazedores genuínos da cultura tradicional folclórica e popular de nosso município e região, somos tantos e múltiplos, somos seres e não seres, somos palpáveis e sutis, enfim nossa composição é parte de todo o Brasil, abarcando tudo o que nos remete às vivências, práticas e existência do ser de tradição.
Ocorre que nossa gente anda com necessidades de linhas de ações emergenciais efetivas e cruciais que saiam das falácias e boas intensões, e transitem no plano real e palpável do existir, motivo pelo qual entro em contato, pedindo um tempo maior para que dialoguemos e possamos oportunizar os projetos que visam a salvaguarda de nossa cultura local, assim, para que não me estenda muito peço que se possível conversemos e se possível e viável, tentemos realmente "arregaçar as mangas e os corações" a fim do bem desse coletivo que represento e faço parte.
Não peço desculpas pelo tamanho de minhas falas pois minha cultura é do "proseio e do vorteio das palavras"... por isso temos em nosso temperamento essa forma caipira e dez-liciosa de ser.