Releio-me
Numa busca incessante por mim mesma, releio-me.
Escrever é expressar o que estou, o que sou, o que quero ser.
Sempre gostei de escrever.
Sempre gostei de ler, de conhecer, de me instruir.
É um prazer despertar este gosto pela leitura e pela escrita em outras pessoas.
Assim foi comigo e minha mãe. Ela me encantou com as coisas que lia para mim.
É mágico.
Releio-me, como exercício de autoencontro, autoconhecimento, autocrítica. Releio minhas poesias, crônicas, perfil do Orkut, Blog "and so on"...
Releio o que outras pessoas escrevem sobre mim, porque é uma leitura que fazem de minha pessoa, então, estou/sou eu também ali, de certa forma. É bom analisar sempre e não me deixar cair nas armadilhas da própria vaidade e do próprio orgulho.
Como disse meu amigo Henrique Rodrigues: "Melhor do que ser lido, é ser relido", quando eu lhe disse que estava relendo o seu livro de poesias "A Musa Diluída".
De mim, não posso fugir. Nem quero.
Desejo ser melhor a cada dia, a meu favor.
Se eu não for para mim mesma a companhia ideal, passarei a ser para outras pessoas "um mal necessário"... E isto é muito triste.
Amar-me-ei, com tranqüilidade, com serenidade, com equilíbrio...
O resto é conseqüência.