Releio-me

Numa busca incessante por mim mesma, releio-me.

Escrever é expressar o que estou, o que sou, o que quero ser.

Sempre gostei de escrever.

Sempre gostei de ler, de conhecer, de me instruir.

É um prazer despertar este gosto pela leitura e pela escrita em outras pessoas.

Assim foi comigo e minha mãe. Ela me encantou com as coisas que lia para mim.

É mágico.

Releio-me, como exercício de autoencontro, autoconhecimento, autocrítica. Releio minhas poesias, crônicas, perfil do Orkut, Blog "and so on"...

Releio o que outras pessoas escrevem sobre mim, porque é uma leitura que fazem de minha pessoa, então, estou/sou eu também ali, de certa forma. É bom analisar sempre e não me deixar cair nas armadilhas da própria vaidade e do próprio orgulho.

Como disse meu amigo Henrique Rodrigues: "Melhor do que ser lido, é ser relido", quando eu lhe disse que estava relendo o seu livro de poesias "A Musa Diluída".

De mim, não posso fugir. Nem quero.

Desejo ser melhor a cada dia, a meu favor.

Se eu não for para mim mesma a companhia ideal, passarei a ser para outras pessoas "um mal necessário"... E isto é muito triste.

Amar-me-ei, com tranqüilidade, com serenidade, com equilíbrio...

O resto é conseqüência.

Erika Ferraz Ueoka
Enviado por Erika Ferraz Ueoka em 05/06/2007
Reeditado em 14/02/2009
Código do texto: T515238
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