A Resposta da Lua
Olá, novamente para você estou olhando, neste mesmo lugar...
Eu aqui embaixo admiro seu tamanho, seu brilho ainda que indireto...
Sua superfície branca e luminosa lembra uma estrela em noites escuras...
Imagino aqui comigo, quantos já repetiram o que faço neste momento...
Quantos já ofertaram-na, quantos já lhe culparam...
Tu que movimenta as marés, que hora esconde-se hora clareia os caminhos...
Condenada por superstições, adorada por inúmeras religiões, amiga de confissão de bardos...
Saberia tu como me sinto, poderia entender as intenções de um olhar?...
Esta tão longe...
...
Tua terra estéril e já muito afetada demonstra o que já passou...
Tenho-na com respeito e exemplo...
É um corpo celeste que não produz luz, calor e esta presa a orbita da terra, mas sem tua presença, as marés não existiriam, nossos contadores de tempo seriam falhos, mesmo nosso romantismo seria escasso, mas sua maior importância para mim é que...
Brilha como se luz própria tivesse, não só isso; como daqui embaixo consigo ver essa luz...
Seria capaz um humano imitar tal façanha?
Mesmo sendo fraco ser forte?
Mesmo triste encontrar motivos para sorrir?
Mesmo cansado ainda tentar?
Mesmo não conseguindo continuar tentando?
Brilhar mesmo sem brilho ter?
...
Tu não respondes, não poderia...
Mas muitas questões podem ser compreendidas com o simples ato de observar ou ser observado...
Assim como não necessita esclarecimento à algo que simplesmente é...
Não existe pergunta, não se faz necessário resposta...
Do que brilhar sem luz ter,
Do que flutua sem poder voar,
Do que foi derrubado mas se reergueu,
Do fraco que derrotou o forte...
Do que mesmo sem luz ter de noite brilha e a luz reflete...
Acostume-se com as condições da natureza
Acostume-se com a natureza das condições
Assim como você esta vivo(a) e se pergunta do porque da vida, olhe para a lua e pergunte porque ela brilha...
Certamente ela não lhe responderá...
A noite ela aparecerá e simplesmente brilhará...
Assim como a vida interrogada não responde, continua apenas...