Vozes do vento sul
São ventos, são vozes, são lamentos...
Nada é igual se pressinto seus sinais de desvario...
Não há lugar em que o seu pranto não me possa alcançar.
Sibila por entre frestas e geme sombrio.
São vozes, são lamentos de um vento que ruge bravio...
É um vento forte que encrespa o mar e dispersa as nuvens.
Passa como avalanche deixando-me n’alma um vazio.
Seus gemidos e queixumes dilaceram o coração.
O corpo estremece e sobe-me à boca um grito contido...
Faz-me sentir que é tempo de repensar... Buscar explicação.
Para as angústias que as vozes do vento sul me dão...