Despedida
Um, dois, três meses antes do momento de chegar, a dor começa a esvair-se, não há tristeza, mas também não há felicidade.
O nome certo para isso seria dor?
Não há resposta certa, não há médico capaz de analisar algo que não se vê e não há medicamento certo que cure.
Mas quem poderá dizer que não vale a pena sentir? como tudo na vida esse sentimento é único. Capaz de fazer sorrir e fazer chorar. Um ou outro e porque não um e outro.
A despedida pode acontecer em vários níveis diferentes, pode ser reversível ou até aquela que jamais poderá voltar atrás.
Estas são as piores, as mais doloridas, estas nunca passam. Ficam no máximo guardadas em um cantinho, dentro de uma caixa sem chave para ser aberta, mas que a qualquer momento ou em uma data especial pode ser descolada, sem qualquer esforço.
A outra pode ser curada com apenas uma breve visualização do ser em questão. Um breve sorriso, mesmo que de longe só para saber o quão bem este está.
A saudade anda lado a lado com a despedida, está pode vir antes ou depois, como um vento antes da chuva ou um arco-íris depois da tempestade.
Ah saudade! Deixar de viver por isso? Jamais!
Quero viver, me despedir e continuar a viver com a esperança de que algum dia, seja lá onde e como for, voltarei a encontrar a paz e é nisso que eu quero acreditar.