O PENSAMENTO CRÍTICO NA ATUALIDADE

Uma coisa que a internet veio proporcionar desde sua popularização (meados de 2002 até os dias atuais) num país emergente como o nosso, é a questão da comunicação horizontal. Antes, na comunicação vertical, só as mídias falavam e a massa/povo ouvia; na comunicação horizontal, todos participam dessa comunicação, é uma dialética interessante de como isso tem influenciado a mídia, os poderes, e por conseguinte, retroagido na própria população. É um processo de "desalienação" que começa a ser sedimentado - as pessoas estão começando a formar o senso crítico, e por assim, uma nova configuração de sociedade (lembrando que a mudança sempre está acontecendo, mas falo especificamente do adquirir senso crítico). As pessoas estão mais "cri-cris" na internet, ao passo que espaços virtuais estão sendo criados. O modismo do Fora Collor é diferente do modismo Fora Dilma, aos poucos as pessoas estão aprendendo a questionar - embora não se aprofundem - o que gera um misto de alegria e frustração para quem quer uma sociedade menos alienada. Enquanto isso, enquanto não chegamos - isso se chegarmos - num ideal de “desalienação” (e provavelmente o ideal de “desalienação” que julgo não é o mesmo que a editora Globo, Abril, Veja, julgam que as pessoas deviam ter), verei no meu Facebook pessoas que criticam algo com informação pela metade (porque acreditam na primeira informação que vêem, e estão com preguiça de pesquisar mais a fundo o que lêem. Na verdade, preguiça não é a palavra certa, mas para simplificar ela serve). Ainda assim, menos mal, porque antes as pessoas não tinha nem a metade da informação de modo fácil para criar um senso crítico, e essa é a beleza de um "processo" - é aos poucos! Há uma nova dinâmica acontecendo, mesmo que não seja por querer, aos poucos as pessoas vão se interessando - do seu jeito - por economia, institucionalização, sociologia, etc. É o princípio do mal menor: antes assim, do que assado. Se essa é a forma como a carroça da sociedade tem como andar, é melhor andar capenga, do que estar parada.