Fraquezas
Tenho várias fraquezas, mas existem algumas delas que muito me incomodam. A principal delas é uma fraqueza a falta de uma revolta firme e sincera contra o estado desumano de nossa sociedade. Me revolta minha própria inação, uma falta de coragem e ousadia de mover-me e envolver-me em uma revolta verdadeira em favor de uma sociedade mais humana e social. Uma outra fraqueza é uma certa vaidade pelo saber, é uma verdadeira paixão pela busca de conhecimentos, da quase idolatria pela busca da verdade, não aquela superficial dos fenômenos apenas, mas aquela verdade que se esconde no submundo das engrenagens físicas, químicas, biológicas, mentais, humanas e sociais. O meu ceticismo nasce da busca sincera de ter o máximo de referenciais que possam me fazer ter um encontro com esta verdade e com este conhecimento, mesmo que parcial, incompleto e complexo. Amo o conhecimento, tanto o conhecimento científico, aquele conhecimento que nada inventa, que nada cria, mas que reflete o conhecimento sobre o que já aqui existe, aquele conhecimento que vem da descoberta daquilo que ousa continuar escondido, como também aquele tipo de conhecimento que vem da criação (não científico), e neste caso amo muito a matemática que entendo o estado da arte da capacidade intelectual humana, a matemática é para mim a maior criação humana.
Eu adoraria saber muitas e muitas coisas que desconheço, adoraria saber tudo, impossível, saber de tudo, improvável, sabendo em profundidade. O que é importante saber é que o próprio saber esconde facetas que, talvez, várias delas, permaneçam impossíveis de serem alcançadas e desveladas, assim muito do saber sempre será incompleto.
Amo viver, amo muito a ciência e o conhecimento (que é no fundo também ciência), amo mais ainda meus filhos. Amo enfim tanto o saber, como amo o viver. Mas pensando bem, para que saber muito? Porque deveria mais saber, se não extraio deste saber a força da revolta que poderia me transformar, se não faço uso social deste saber. O que conheço já deveria ter a força de me fazer mais responsável, não somente pela sociedade da qual sou parte e representante, mas também pela natureza imanente, que no fundo dá sustentação e ambientação material para o teatro da realização do presente, no qual atuo como ator, e que deveria também atuar ativamente como diretor, produtor e transformador. Se já com o que conheço não me esforço pela transformação pessoal e social, de que me serviria mais conhecimento. Sou um estranho de mim mesmo, amo a vida, amo o conhecimento, mas não me revolto com o que aqui está, ou pelo menos não me revolto o suficiente. Amo meus filhos, mas nem por eles busco revolucionar a sociedade humana. Sou assim omisso de minhas responsabilidades humanas, e acumular novos saberes talvez não seja suficiente, ou não seja o caminho para minha transformação.
Tenho várias fraquezas, mas existem algumas delas que muito me incomodam. A principal delas é uma fraqueza a falta de uma revolta firme e sincera contra o estado desumano de nossa sociedade. Me revolta minha própria inação, uma falta de coragem e ousadia de mover-me e envolver-me em uma revolta verdadeira em favor de uma sociedade mais humana e social. Uma outra fraqueza é uma certa vaidade pelo saber, é uma verdadeira paixão pela busca de conhecimentos, da quase idolatria pela busca da verdade, não aquela superficial dos fenômenos apenas, mas aquela verdade que se esconde no submundo das engrenagens físicas, químicas, biológicas, mentais, humanas e sociais. O meu ceticismo nasce da busca sincera de ter o máximo de referenciais que possam me fazer ter um encontro com esta verdade e com este conhecimento, mesmo que parcial, incompleto e complexo. Amo o conhecimento, tanto o conhecimento científico, aquele conhecimento que nada inventa, que nada cria, mas que reflete o conhecimento sobre o que já aqui existe, aquele conhecimento que vem da descoberta daquilo que ousa continuar escondido, como também aquele tipo de conhecimento que vem da criação (não científico), e neste caso amo muito a matemática que entendo o estado da arte da capacidade intelectual humana, a matemática é para mim a maior criação humana.
Eu adoraria saber muitas e muitas coisas que desconheço, adoraria saber tudo, impossível, saber de tudo, improvável, sabendo em profundidade. O que é importante saber é que o próprio saber esconde facetas que, talvez, várias delas, permaneçam impossíveis de serem alcançadas e desveladas, assim muito do saber sempre será incompleto.
Amo viver, amo muito a ciência e o conhecimento (que é no fundo também ciência), amo mais ainda meus filhos. Amo enfim tanto o saber, como amo o viver. Mas pensando bem, para que saber muito? Porque deveria mais saber, se não extraio deste saber a força da revolta que poderia me transformar, se não faço uso social deste saber. O que conheço já deveria ter a força de me fazer mais responsável, não somente pela sociedade da qual sou parte e representante, mas também pela natureza imanente, que no fundo dá sustentação e ambientação material para o teatro da realização do presente, no qual atuo como ator, e que deveria também atuar ativamente como diretor, produtor e transformador. Se já com o que conheço não me esforço pela transformação pessoal e social, de que me serviria mais conhecimento. Sou um estranho de mim mesmo, amo a vida, amo o conhecimento, mas não me revolto com o que aqui está, ou pelo menos não me revolto o suficiente. Amo meus filhos, mas nem por eles busco revolucionar a sociedade humana. Sou assim omisso de minhas responsabilidades humanas, e acumular novos saberes talvez não seja suficiente, ou não seja o caminho para minha transformação.