Lei e Pedras

Após estudar alguns tópicos pertinentes ao estudo do Direito e sua dinâmica no contexo historico-social,minha fecunda mente fez um resgate a um texto da literatura Bíblica.Trata-se de um episódio de julgamento, capitulado no Evangelho de João.Ante uma aplicação da lei Mosaica sobre adultério,uma mulher estava prestes a ser condenada ao apedrejamento em público, face ter sido pega no leito em traição conjugal.Os interpretes da mencionada lei levaram-na ao Maior Justo de todos os tempos.Ao Verbo encarnado em Homem,que prefigura toda ação de Justiça e Altruísmo.Com a maliciosa intenção de levá-lo ao erro na interpretação da lei,pediram-lhe insistentemente sua opinião sobre a mesma.Entre intervalos das ações de inclina-se,escrever no chão e levanta-se,lançou uma pergunta que enfraquece toda potência de ego humano fundamentado em razões não só de leis,moralismos e religiosidades:'Aquele que não está em falta(Erro,Falha, Vícios ,Pecado) com a lei,mate-a'.Se as pedras,ora instrumentos da sua condenação falassem,hoje serviriam de testemunhas de um Grande ato de justiça.Não para pobre mulher,alcançada pela Graça do seu então Defensor,Mas para os portadores das pedras.Por um instante sentiram o peso da pedra.Pensaram que a pedra que portavam também servia de punição para si,afinal todos são iguais perante a lei.O fim?As pedras caindo no mesmo chão em que escrevia o Justo Defensor,e uma decisão favorável a Ré:'Ninguém te condenou,eu também não te condeno.Vai,repara o teu erro!'

Anderson Marques.