Sobre o Amanhã, breve divagação
Por pouco, muito pouco, todos os sonhos podem ser desfeitos. Todas as promessas nunca mais serão feitas, e nem terão, a mínima possibilidade de se realizar. O tempo vivido, mesmo sem quer, cairá num esquecimento; sinal de que nem as lembranças puderam durar.
A leveza com que às vezes nos impusemos, pode tornar um peso tão insuportável que ao primeiro vislumbrar de saturação, o fim parece ser a única saída, mesmo que essa escolha exija muita dor. Mas, e daí? A vida não é essa trilha sem guia, não é fazer o caminho caminhando?
Não há escolha sem consequência. Esquecemos dessa premissa; esquecemos que toda decisão impõe riscos e também novas possibilidades.
Nos acostumamos a ser práticos, nos acostumamos a pensar no que pode ser, nunca no que pode advir. O futuro, a espera pelo que ainda não veio, é algo tão longe que só nos interessa o presente. O dia de hoje não é o preparo para o amanhã; esperamos pelo jardim, mas, esquecemos a flor.
E então, o que fazer?