Meio

O todo vale o todo, mas às vezes o meio vale muito mais!

O meio, a metade, a parte são partes fundamentais e um meio muito interessante de conquistar a outra metade.

É que o meio desperta um quê de fascínio, um charme, uma provocação. Ele atina o interesse, aguça a curiosidade, aumenta a vontade e acorda um querer.

Faceiro como um bom sedutor ele tá presente num olhar meio insinuante, num decote meio atrevido, num piscadinha meio maliciosa.

Serve como um tanto, tanto quanto um meio...

Serve como falta, meio louco...

Serve como complemento do todo, louco e meio...

Quer seja como substantivo, adjunto adverbial, numeral ou em qualquer outra classe de palavras ele é perfeito.

Nada me diz mais que um meio sorriso, o teu então me parte ao meio, me deixa meio sem chão, meio sem rumo, meio perdido e meio, sabe?

Veja o talvez...

Ele é um meio sim, um meio não...

E que tal o silêncio depois de uma pergunta? Pode ser um meio de ignorar, uma admissão ou uma reflexão, se vem seguido de um meio sorriso então...

Já dizia o poeta que as coisas mornas não afetam o paladar e que o quase é irritante, mas quem é que não se lembra daquele meio amasso, do beijo que por infortúnio foi cortado ao meio?

Pode até parecer meio confusa uma frase cortada pelo meio, mas é justamente ela que me cala diante do teu sorriso e meio.

Rogério Nolêto
Enviado por Rogério Nolêto em 11/02/2015
Reeditado em 11/02/2015
Código do texto: T5133775
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