A minha morte, em si mesma, não pode me ensinar nada
A minha morte, em si mesma, não pode me ensinar nada, pois que morro uma única vez, sem segunda chance, sem direito a recuperação, sem continuação, num estante sou alguma coisa, no outro sou eterno nada (se alguém retornou, na verdade nunca retornou, é porque este alguém nunca morreu de verdade, é o que poderia chamar de estado de quase morto, mas não de morto de verdade). Mas a morte dos outros, dos amigos, dos estranhos, com estas sim posso aprender algo, estas me ensinam alguma coisa, como é triste morrer e não deixar amigos, e não deixar bons exemplos, não deixar boas obras, morrer e virar um nada físico e um nada na memória dos outros, um nada na vida dos outros, morrer e nossos filhos nada terem de bom para falar, pensar e sentir de nós, se não temos filhos, o mesmo vale para nossos amigos, colegas, companheiros.
Mesmo sobre a morte não aprendo nada em si, pois que ela é um lapso infinitesimal no tempo mental, e enquanto vivo, dela nada sei em verdade e em experimentação, a conheço apenas em teoria e em conceito cultural, e quando morto nada sou para poder entender o que aconteceu, enquanto vivo dela posso saber apenas que é inefável que ela virá, posso sentir medo dela, posso acreditar que ela está chegando, mas dela em si nada aprendo, e morrer é uma mudança que ocorre em um único momento, posso até, talvez, sentir os efeitos que podem levar a ela, ou gerados pela realização do morrer, mas da morte em si nunca nada saberei, pois que feita a transição, sou nulo, sou nada, sou vazio, e total ausência de qualquer ser, o que posso aprender é em vida, e que uma vez que a morte é certa, é final, é fatal, é implacável, devo aprender a amar a vida, não a minha vida, mas a essência do viver, a biologia que se fez mente, não somente em mim, mas em todos os irmãos em espécie, e mais além, a beleza biológica em todos os seres vivos, por isto devo ser social, natural, sensível, inclusivo, comprometido, e respeitador.
A minha morte, em si mesma, não pode me ensinar nada, pois que morro uma única vez, sem segunda chance, sem direito a recuperação, sem continuação, num estante sou alguma coisa, no outro sou eterno nada (se alguém retornou, na verdade nunca retornou, é porque este alguém nunca morreu de verdade, é o que poderia chamar de estado de quase morto, mas não de morto de verdade). Mas a morte dos outros, dos amigos, dos estranhos, com estas sim posso aprender algo, estas me ensinam alguma coisa, como é triste morrer e não deixar amigos, e não deixar bons exemplos, não deixar boas obras, morrer e virar um nada físico e um nada na memória dos outros, um nada na vida dos outros, morrer e nossos filhos nada terem de bom para falar, pensar e sentir de nós, se não temos filhos, o mesmo vale para nossos amigos, colegas, companheiros.
Mesmo sobre a morte não aprendo nada em si, pois que ela é um lapso infinitesimal no tempo mental, e enquanto vivo, dela nada sei em verdade e em experimentação, a conheço apenas em teoria e em conceito cultural, e quando morto nada sou para poder entender o que aconteceu, enquanto vivo dela posso saber apenas que é inefável que ela virá, posso sentir medo dela, posso acreditar que ela está chegando, mas dela em si nada aprendo, e morrer é uma mudança que ocorre em um único momento, posso até, talvez, sentir os efeitos que podem levar a ela, ou gerados pela realização do morrer, mas da morte em si nunca nada saberei, pois que feita a transição, sou nulo, sou nada, sou vazio, e total ausência de qualquer ser, o que posso aprender é em vida, e que uma vez que a morte é certa, é final, é fatal, é implacável, devo aprender a amar a vida, não a minha vida, mas a essência do viver, a biologia que se fez mente, não somente em mim, mas em todos os irmãos em espécie, e mais além, a beleza biológica em todos os seres vivos, por isto devo ser social, natural, sensível, inclusivo, comprometido, e respeitador.