Hómenage à trois
Inspirado em: O observador à janela
do Poeta, Naddo Ferreira.
!Hómenage à trois!
Na madrugada suada !Porreta!, e aquecida, o véu da noite escurece e estabelece-se, nua. Quero um canto para nós dois, único e verdadeiro canto.
Quero para nós três, hómenage à trois!, metade-inteiros. O universo azul-tinteiro. A Flor da Pena, suando em bicas. E as raparigas? Rodando bolsinha, "peso suado"!... Observando da janela, o pôr-do-sol, que ainda está por vir, feito névoa em neblina, acorda-me, ressuscita-me.
Salto da cama, feito saltimbancos e rameira de todos os sistemas constelares nos circos dos horrores, que é a Vida.
Sou arisco e sou amor, sou Prece e Condor, Romaria e Procissão! Sou altar-alto-ego, sem ser e sendo.
A própria imagem da Virgem, encobrem meus olhos de lágrimas. Sinto-me na Capela Sistina, feitiço e feiticeiro, misturado as figuras de Michellangelo. Sou tantos anjos e apenas um adormecido demônio. Trancado à sete chaves, em gaveta.
Tony Bahi@.