DESABAFOS - II
Eu não tenho (jamais) vergonha de ser brasileira e nem de minha condição de cidadã.
Algumas das muitas questões que me tocam negativamente nessa questão que abarca as imperícias e imposturas sociais que vemos correr solta nos gabinetes de nossos administradores, empresários, latifundiários, é sim oriunda da certeza de impunidade dos que praticam tais ações tão imorais.
A resultante disso tudo, é minha verificação de que quem realmente necessita ser tratado com mínima dignidade são aqueles que sustentam realmente o país e que nada mais são do que estribos para que os "cavalheiros" em questão pisem e utilizem como suporte vergonhoso para se manter no poder.
Há fome desmedidamente desnecessária daqueles que são a maioria da população: fome de educação, fome de saúde, fome de estradas, fome de finanças, fome de ócio, fome de cultura, fome de ... de... de...
Enfim eu me orgulho de ser brasileira sim, e não me orgulho de forma alguma do que estão fazendo com nossa nação, comercializando nossa soberania com outras nações, que aos poucos estão se instalando e se apossando de toda nossa sociedade, comércio e memória histórica e em troca dessa permissão muitos dos "líderes" existentes recebem propinas imorais e voluntariamente cegando-se ao fato da corrupção explicita instalada no Brasil.
Amo imensamente o Brasil, Helena Frasson e escrevo essas palavras tão indignada quanto muitos que conheço, e o faço com os olhos vertendo lágrimas.
Minha vó na minha infância, quando cuidávamos da enorme horta que tínhamos, sempre afirmava que era de pequeno que se torcia o pepino e com pequenas e boas ações que se estrutura a nação.
E eu completo, com saudade de minha velhinha querida, através dos pequenos unidos e atuantes, é que se opera a verdadeira mudança da condição de nossa sociedade.
Pequenos e eficazes gestos diários, imperceptíveis, mas fatais para os que não sabem vivenciar e praticas posturas providas de ética, moral e intensões direcionado ao bem comum desse nosso imenso coletivo chamado Brasil, Um beijo querida e desculpe o desabaFo...