A menina
Sentada à beira de um cais, uma menina franzina e inocente conversava como uma velha amiga.
Desde seu nascimento dona Môr acompanhava a menina, era uma senhora parecida como uma viuvá com a pele pálida, mas com um andar jovial, seu andar n condizia com sua aparente idade.
A doce menina como toda criança era cheia de perguntas.
- Dona Mor você sempre esteve comigo não é ?
- Sim menina desce que você nasceu.
- Não se cansa de ter que me aturar ?
- longe disso, é apenas uma fase e logo vai acabar.
- Entendo, queria saber porque sempre estiver sozinha, claro tirando você que sempre esteve comigo.
- A vida para alguns é difícil, as vezes estamos rodeados, mas quando abrimos os olhos não vemos ninguém, as vezes não temos ninguém e quando abrimos os olhos percebemos que estamos mais sozinhos ainda.
- Me pergunto onde está a minha mãe.
- Sua mãe esta com o seu pai.
- Sinto saudade dela.
- Eu sei que sente, mas você tem a mim.
- Um dia vou encontra-los e enche-los de beijos.
- Sei que vai, sei que vai...
- A senhora não pode me ajudar eu te imploro, preciso tanto vê-los.
- Não posso é segredo.
- Já são quase meia-noite e é a hora que você se ausenta.
- Sim tenho coisas a fazer, até amanhã menina.
- Até...
No outro dia antes da Senhora Môr ir até a menina ela parou para ver que ela tossia frequentemente quase sem pausa para respirar.
- Olá Dona môr, que bom que veio, já estava com saudades.
- Eu sempre venho, todos os dias para vê-la, assim como sua mãe e seu pai.
- Hoje senti tanta saudade dos meus pais que tive vontade de procura-los.
- E por onde procuraria ?
- Na cidade, as outras cidade até acha-los
- Pois bem menina, como já é dia 02(02(1997( seu aniversário, não costumo fazer isso, mas irei te ajudar, mostrarei onde eles estão.
-Verdade ? Puxa ! Dona Môr você é incrível, obrigada.
- será nosso segredo e ninguém pode saber.
-Sim, qualquer coisa para encontra-los.
- Qualquer coisa ?
- Qualquer coisa, confio em você.
- Tire suas roupas menina e me abrace, pularemos juntas no lago.
- Mas eu não sei nadar, irei me afogar.
- disse que confiava em mim...
- Tudo bem eu confio...
Bolhas começaram a subir do lago, até que alguns minutos depois pararam.
- Pai ? Mãe ? Que bom vê-los, senti saudades...
Uns dizem que a menina se jogou no rio, uns dizem que ela conversa com uma mulher, uns preferem não tocar nesse assunto...
(Anthony Sanches)