Equilibrio (Republicação)
Em muitos momentos uma tristeza me invade. Tento descobrir sua origem e não consigo... Mistério, talvez! Penso que sim, porque vejo na alegria a sua possível causa; aquele momento feliz chegou e logo despediu-se...
Muitos poetas já tentaram, em suas poesias, descrever a tristeza e a felicidade. Já li tantos e não encontrei descrição coerente, para mim, em nenhum deles. Gosto da frase poética de Adélia Prado: “Não tenho tempo algum, porque ser feliz me consome.” É linda, é verdadeira. Eu não sou feliz o tempo todo, mas o tempo que tenho eu o uso para buscar a felicidade.
É mais fácil viver a felicidade quando e como ela se apresenta, do que tentar desvendá-la, isso é certo. Com a tristeza deveria ser a mesma coisa, mas é diferente, porque é preciso saber sua origem e, então lidar com ela.
Alegria e tristeza moram juntas, no entanto, não se conhecem e nunca se encontram. Quando uma chega, a outra sai, até parece que há um acordo permanente entre ambas. Mas, nesse acordo eu também tenho parte. Minha parte é tentar equilibrar a vida.