CERTAS PALAVRAS... CERTOS SILÊNCIOS



 
O que tenho morrido e também matado pela ação delas, certas palavras... pela ação deles, certos silêncios... facas fatídicas, sempre...
Só queria poder partir... mas não posso partir... não me é dado jamais poder partir...  de lugar nenhum... de ninguém... e o pior de tudo, nunca me é dado poder partir de mim...
Como compreendo os solitários... os loucos... os perdidos de tudo... os como eu... os que buscam o de antemão perdido...
Tento sempre compreender tudo... todos... eu mesma... No que se refere a mim, queria apenas aprender a doer menos, pelo que sei, pelas coisas que aprendo do ar, que apreendo do ar... muito para além das palavras...  bem para além dos silêncios, também. Há coisas cristalinas, como o são as mais obscuras. (Ah, esse tal espírito filosófico que me tem servido para... quase coisa nenhuma...)
Aprender a doer menos... Eis tudo de que preciso... eis quase tudo...