NA ESCALADA DA VIDA

Na escalada da vida

É imprescindível ser cioso, mas podemos dispensar o ser pretensioso. Feliz o homem zeloso por suas obrigações. Esse se realiza na diligência das mesmas. Temerário o homem que, de costas, se afasta do sopé de um monte, para evitar a subida. Não sabe ele o precipício que há às suas costas. Terá que subi-lo e depois ainda terá que subir o monte. Ele não foi colocado no sopé do monte ao acaso. Algo o espera no cume. Pretensioso é aquele que acredita que nunca despenderá esforços para conseguir o que quer. Esse irá se esforçar duplamente. Se esforçar para demover a si mesmo da sua arrogância e se esforçar para buscar o que antes negligenciou pela indolência. A ociosidade caminha lado a lado com o descuido.

Respeitar também o que o outro faz. Não estamos sempre no centro em tudo. Não somos o centro de tudo. Há um limite para a nossa imprescindibilidade e a nossa infalibilidade. O mundo não gira ao nosso redor. Nem sempre seremos o centro das atenções. Saibamos também viver na periferia. Isso também é sabedoria.

Não estamos sós nessa subida na íngreme montanha da vida. Alguém sempre terá que propor o caminho. Alguém sempre estará na dianteira. Não precisa ser sempre nós a propormos o caminho. Outro em um momento estará a propô-lo. Porque não segui-lo? Feliz o homem que sabe conduzir a escalada com sapiência. Feliz o homem que respeita quando outro guia o conduz. Deve haver sabedoria em ambas as circunstâncias.

Valdecir de Oliveira Anselmo

27/01/2015

Valdecir de Oliveira Anselmo
Enviado por Valdecir de Oliveira Anselmo em 27/01/2015
Código do texto: T5115829
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