Curto Circuito
Sinto a brisa que me vem,
levando embora cada enraizamento
que criei por onde passei,
ou logo mais tentando levar.
Me intensifico para concretizar
tal desejo de fascínio que
devo desapegar,
devoradamente,
Não vou por para fora,
apenas devorar, afinal.
Começo, relatando...
(1º ATO)
Os tambores ressoam,
em minha turbulenta mente
recordando o indispensável,
para que eu não retrate
dolorosamente minha nostalgia.
Será que essa dor realmente é,
ou apenas um apego sem finalidade
que incomoda feito empacho,
concentrando inutilidades.
Devo está passando por situações pendentes
pois, cada dia se torna inédito
em sua densidade, de fato,
que ensina-me algo que um dia usei
como ataque.
De imediato me vem a lembrança,
da mesma atitude que pratiquei, só
que logo sendo a vítima.
Em contrapartida, também passo
por outras onde sou réu,
por onde um dia já fui vitima.
(2º ATO)
Rastros estão se tornando visíveis
em meu Supremo Olho, onde minha
fervorosa intuição está sendo domada,
trabalho árduo e jamais terminável.
Meus olhos veem tudo como foram criados
mas não como realmente são,
O meu Supremo Olho, sim.
Levando os míseros rastros para meus olhos
Límpida consequência!
Sinal de que algo evoluiu,
Patentas estão sendo descobertas
e foram “criadas” para serem
usadas como ferramente de Evolução.