NO QUE EU ESTOU PENSANDO? sobre um comentário no facebook.
A França tem uma longa tradição na defesa dos ideais emancipatórios e com as liberdades individuais e coletivas. A máxima "liberdade, fraternidade e igualdade” pode soar ingênuo, pueril. A Liberdade em seu mais amplo significado (talvez o mais caro dos direitos dos homens), liberdade de ir e vir (o parlamento europeu tem tentado medidas para restringir a livre circulação de pessoas no espaço europeu); o direito de manifestar suas opiniões livremente; solidariedade e fraternidade para com o próximo e o distante, e a igualdade de oportunidades e de direitos é um bem fundamental conquistado a duras penas. Esses ideais emancipatórios fundaram a contemporaneidade e ainda tem o seu lugar como ideais e devem ser reafirmados, sobretudo nesta época tão conturbada e ameaçadora onde, o ódio, o preconceito ao outro, ameaçam a possibilidade de vida nas sociedades atuais. A violência cotidiana no Rio em São Paulo, Aracaju, Maceió, Paris, o serial killer americano, o ladrão pé de chinelo que tem o prazer não só de roubar, mas de matar, no Brasil, mata-se mais do que em muitas guerras (cerca de 50. 0000 pessoas ao ano) e nos omitimos e não nos indignamos. Quem são os nossos fundamentalistas? Vivemos numa época de integração naquilo que a humanidade tem de bom e de ruim. Talvez a frase "apocalípticos e integrados" de Humberto Eco, seja a metáfora do nosso tempo. Para Hans M. Enzensberger já estamos numa guerra civil globalizada, onde os combatentes cada vez mais jovens estão em qualquer lugar. O vazio dos dias de hoje, a exclusão a miséria moral e a miséria propriamente dita, o tédio, as crenças irracionais em paraísos artificiais e divinos, pode ajudar a explicar, mas não explicam tudo. Os combatentes dos dias de hoje são jovens abnegados e autistas que sem nenhuma justificativa moral ou remorso, passam a cometer seus assassinatos. Mata-se por rivalidades esportivas, ou por crenças, recalque, ódio, inveja, prazer, diversão, tédio, minuto de fama. O sangue jorra a espera de quem lhe dê significado em cada tragédia cotidiana que ocorre nas esquinas deflagradas do mundo. De outro lado, cresce uma tendência a reação conservadora nos estados europeus e começa a tomar corpo formas institucionalizadas de controle e de repressão às minorias étnicas (como Judeus, muçulmanos, ciganos, africanos e latino-americano) e a liberdade de expressão. O significado profundo dos atentados de Paris, é o da necessidade de se reafirmar valores tão caros à humanidade, postos em xeque a cada espetáculo de horror, compartilhados pela humanidade on-line. DA SILVA um poeta que conheci através do também poeta e amigo, Osmar Ziba, indagava no poema O MUNDO ESTÁ EM SUSPENSE:
Qual filme virá?
Uma sessão de suspense na madrugada
ou um terror psicológico a luz do dia?
A França tem uma longa tradição na defesa dos ideais emancipatórios e com as liberdades individuais e coletivas. A máxima "liberdade, fraternidade e igualdade” pode soar ingênuo, pueril. A Liberdade em seu mais amplo significado (talvez o mais caro dos direitos dos homens), liberdade de ir e vir (o parlamento europeu tem tentado medidas para restringir a livre circulação de pessoas no espaço europeu); o direito de manifestar suas opiniões livremente; solidariedade e fraternidade para com o próximo e o distante, e a igualdade de oportunidades e de direitos é um bem fundamental conquistado a duras penas. Esses ideais emancipatórios fundaram a contemporaneidade e ainda tem o seu lugar como ideais e devem ser reafirmados, sobretudo nesta época tão conturbada e ameaçadora onde, o ódio, o preconceito ao outro, ameaçam a possibilidade de vida nas sociedades atuais. A violência cotidiana no Rio em São Paulo, Aracaju, Maceió, Paris, o serial killer americano, o ladrão pé de chinelo que tem o prazer não só de roubar, mas de matar, no Brasil, mata-se mais do que em muitas guerras (cerca de 50. 0000 pessoas ao ano) e nos omitimos e não nos indignamos. Quem são os nossos fundamentalistas? Vivemos numa época de integração naquilo que a humanidade tem de bom e de ruim. Talvez a frase "apocalípticos e integrados" de Humberto Eco, seja a metáfora do nosso tempo. Para Hans M. Enzensberger já estamos numa guerra civil globalizada, onde os combatentes cada vez mais jovens estão em qualquer lugar. O vazio dos dias de hoje, a exclusão a miséria moral e a miséria propriamente dita, o tédio, as crenças irracionais em paraísos artificiais e divinos, pode ajudar a explicar, mas não explicam tudo. Os combatentes dos dias de hoje são jovens abnegados e autistas que sem nenhuma justificativa moral ou remorso, passam a cometer seus assassinatos. Mata-se por rivalidades esportivas, ou por crenças, recalque, ódio, inveja, prazer, diversão, tédio, minuto de fama. O sangue jorra a espera de quem lhe dê significado em cada tragédia cotidiana que ocorre nas esquinas deflagradas do mundo. De outro lado, cresce uma tendência a reação conservadora nos estados europeus e começa a tomar corpo formas institucionalizadas de controle e de repressão às minorias étnicas (como Judeus, muçulmanos, ciganos, africanos e latino-americano) e a liberdade de expressão. O significado profundo dos atentados de Paris, é o da necessidade de se reafirmar valores tão caros à humanidade, postos em xeque a cada espetáculo de horror, compartilhados pela humanidade on-line. DA SILVA um poeta que conheci através do também poeta e amigo, Osmar Ziba, indagava no poema O MUNDO ESTÁ EM SUSPENSE:
Qual filme virá?
Uma sessão de suspense na madrugada
ou um terror psicológico a luz do dia?