Dois extremos

Agora eu te vejo melhor que o meu desejo de ir embora da cidade que me apavora...que saudade nojenta que me invade e me sustenta ! Que vontade de morrer de amor nos seus braços ! Que horror sentir tanto espaço e eu aqui como palhaços tristes sem platéia, lobo sem alcatéia...agora eu posso ver mais do que deveria,foi embora nosso medo em escassa agonia,devassa poesia...não se pode ser um quando somos dois extremos que se afastam,se enlaçam,se odeiam,se abraçam,se bronzeiam,se afastam,incendeiam...

Raul Serrano
Enviado por Raul Serrano em 19/01/2015
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