Moro em um castelo
Moro num grande castelo
na palma da minha mão.
Não raro, sento na ponta do meu dedo
pra apreciar o por do sol.
Quando é tempo de tempestade
quase escorrego por entre meus dedos.
Às vezes tenho medo, tamanha a fragilidade
de ter meu mundo inteiro pendurado,
mas Deus é bom e me deu a outra mão;
então viro cocha e adormeço.
Nas noites de luar, o céu é meu teto
e as estrelas tocam meus dedos,
e são em noites dessas,
de cócegas nas estrelas,
que viro poesia e sou tão feliz!
Dri Machado