O Verdadeiro Desenlace
“O que Deus uniu, o homem não separa”! (bíblico - Marcos:10:9)
Há um ano virastes cinzas. Completou-se o ciclo da idade cronológica, da data e da vida que terias comigo, se não fôssemos "tão diferentes" e tivéssemos continuado o nosso casamento.
Mesmo distantes territorialmente e sem comunicação alguma, desenvolvemos intuitivamente sem saber, as mesmas atividades paralelas (terapias holísticas - nos tornamos reikianos e expandimo-nos para outras habilidades afins) e tomamos a mesma decisão (a cremação).
Recebi “aleatoriamente” três meses depois ao seu desencarne, a indicação da oração de Santo Agostinho sem entender o motivo, pois a notícia fatídica, ainda não havia chegado até mim. A oração te retrata muito bem porém, não percebi na ocasião, que se destinava a você.
Tive avisos através de sonhos durante o ano e sinalizações corporais através dos sintomas de arritmia cardíaca e de hipertensão, porém, não relacionei-os como uma intuição ligada a você, afinal, estávamos sem convívio, sem contato algum e não tivemos filhos para promover as convenientes aproximações.
Ao ser desvendada a informação, percebo que vivestes o tempo certo que tinhas que viver. Numerologicamente o ciclo fechou-se no nove, na sua idade 54 e na data completa de seu desencarne 10/01/2014, e mesmo na condição civil de divorciada sinto desde o dia 31/12/2014 quando me chegou a notícia, a sensação de viuvez, pois realmente somente agora, desligou-se o vínculo espiritual (antes ignorado) que foi gerado no altar com a benção de nosso casamento em 26/10/1985.
O seu espírito tentou me avisar durante todo ano passado através de insistentes sonhos e pelo recado da oração, mas, eu não relacionei nada disso a você. Houve (eu ainda não sei porquê) a necessidade da notícia me chegar ainda em 2014 e tão próximo ao fúnebre aniversário de um ano.
Depois da revelação, os sintomas físicos sumiram, estou sem tomar as medicações e não estão me fazendo falta. Tudo que você sentiu eu também vinha sentindo durante todo período sem saber que o seu desligamento físico se deu pelo coração. Era um aviso que me sinalizava o seu último sofrimento.
A experiência aqui relatada atesta as palavras que definem os dizeres bíblicos. “O que Deus uniu, o homem não separa”!
Pode ocorrer o divórcio pelas leis humanas e diversos vínculos adicionais ao longo da vida, mas, o que vale no plano astral é a primeira união abençoada, ainda mais quando o casal é realmente virgem das experiências mundanas e carnais como foi no nosso caso.
Nossas personalidades se chocaram no convívio que tivemos e por isso, os conflitos existiram. Tínhamos visões e objetivos diferentes sobre a vida e não prosseguimos a convivência pautada por desentendimentos constantes.
Você se desligou do casamento comigo sem demonstrar nenhuma dor e nem mesmo aceitou a oportunidade de reatar, quando surgiu em uma determinada ocasião.
O seu desejo de morar distante foi atendido e suas cinzas, distribuidas na localidde onde mais permaneceu desde sua curta aposentadoria.
Fostes feliz dentro do possível e até nisso há uma coincidência:
Eu também estou vivendo há anos, na localidade onde sempre desejei.
Declarei em cartório, que a distribuição de minhas cinzas se proceda nos jardins da localidade onde vivo e amo.
É incrível!!!
Foi muito bom saber que respeitaram a doutrina espírita a qual passamos a adotar no decorrer de nossas vidas distintas. Aguardaram o prazo de setenta e duas horas para procederem a sua cremação, pois somente assim, o seu espírito pôde desligar-se completamente sem levar traumas psíquicos para o outro lado e para a futura reencarnação.