Acho que agora entendo. Nunca foi sobre o outro compreender seu erro ou o mal que causou. Nunca foi sobre você. Sempre foi sobre mim. O tempo todo. Porque chega uma hora que é preciso o enfrentamento. A dor torna-se uma algoz instrutora nos levando ao mais profundo mergulho.
Tantas vezes sentindo-me só. Como criança que precisa de colo. Mas, não havia ninguém. Apenas a noite fazendo-se perturbadora a cada tentativa de adormecer. Debussy conduzia-me a caminhadas pelo tempo. Passado e futuro confundindo-se em meio há tantos por quês. E se eu tivesse sido mais racional ou astuta? Não teria sido quem sou. Acordei sorrindo. É, sorrindo! É a paz nascida do conflito. O coração não endureceu. A voz continua suave. Há esperança ainda aqui dentro. Novos sonhos para serem concretizados. Outros percursos com novas decepções. E daí? Não vou me acovardar.
A vida é uma sequência incansável de perdas e ganhos. Ainda assim, decido tentar. Sigo vivendo e aprendendo. E quando, definitivamente, fechar meus olhos saberei que fui o melhor que pude ser.
Ana Liszt
Enviado por Ana Liszt em 14/01/2015
Reeditado em 16/01/2015
Código do texto: T5101123
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