RESPOSTA A UM E-MAIL


 
(*****************************************************)



Pois é, querida. Ainda assim, choro por mim e choro por todos e por cada um. Eu sou assim e por isso sempre minha vida vive por um fio... há séculos...Sou-me sempre uma sobrevivente a mim mesma e sei que não há palavra - agora nem silêncio mais - que me consiga dizer. A isso chama-se SOLIDÃO... visceral, essencial, irremediável... Se eu pudesse PARTIR - entende? Não posso partir de nada nem de ninguém, eu que não sou mais... ninguém...
eu que nem consigo (em verdade, há muito, muito tempo já) compreender, no que elas realmente dizem, as palavras que leio... eu que nada mais sei de mim... e de quase mais nada e de quase mais ninguém...
Uma vida de pérolas espalhadas pelo chão, de colar que se rompeu... de colar que se rompeu... de colar que se rompeu... de colar que se rompeu...
Seja como for, se sobrevive... A vida é algo inalienável... elo de colar que não se pode romper...